segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hora da punição 2 - capítulo Filler - O sequestro de Ani.

   Estava uma tarde quente. Ani havia viajado com os pais, e se instalaram em uma das mansões da Família, com vista para a praia, e com diversos empregados. Depois de desfazer as malas e tomar um banho, Ani se sentou na beirada da cama, já vestida, e pela primeira vez naquele dia agitado ela sentiu a ausência dos amigos, e aquilo fez seu coração pesar. Ela não era do tipo que sentia saudades, ou pelo menos tentava não ser. Mas qualquer lugar seria melhor do que estar com os pais. Eles nunca davam atenção a ela, estavam sempre trabalhando; Ani acharia melhor que eles discutissem do quê ser como eram, eram como... robôs, não davam atenção a nada emocionalmente falando, só a negócios, dinheiro...
   Mas Ani não queria ser assim, ela queria viajar, conhecer o mundo, fazer tudo o que desejava fazer, cantar, encantar... Com o dinheiro dos pais ela poderia ir pra qualquer lugar, mas... NÃO! Ela queria ter sua própria vida, sem depender dos pais, ela rentaria incansavelmente, e não desistiria.
   Ela olhou para aquela parede coberta por papel de parede azul... digamos Azul morto. Ela sempre gostou daquela cor, mas por algum motivo só naquele quarto. Dava a sensação de calma, uma coisa que ela basicamente não tinha. Então ela se cansou, estava... digamos, de férias, e não ia ficar sentada olhando para um papel de parede. Então ela trocou de roupa para uma mais confortável. Colocou um shorts jeans uma regata amarela de seda, e uma sapatilha preta. Amarrou uma bandana na frente do seu cabelo, e saiu.
   Ela começou a caminhar, pra lugar nenhum e para todos os lugares, qualquer lugar seria melhor do que com os pais. Ela passou por um mendigo bêbado e um casal apaixonado. A imagem dos amigos voltou a cabeça, e principalmente de Nick. Ela sentia vergonha quando pensava em estar nos braços do menino, ela nunca contou, mas mesmo quando fingia gostar de Daniel para provocar Lana, ela já sentia um certo sentimento por Nick, só não estava modelado, por isso ela não sabia ao certo.
   Ela sentou no banco da praça, e respirou fundo. Aquela praça -percebeu ela-, era um dos poucos lugares em que o oxigênio não estava contaminado, e mesmo assim não era muito visitado, tirando a presença do mendigo bêbado, o casal apaixonado e algumas crianças ela estava só... ou pensava estar.
   As árvores frondosas atrás dela, melhoravam o aspecto do lugar, ela se encostou no banco que havia sentado e, percebeu como estava cansada. Pensou em ir pra casa, mas não queria voltar ao que ela considerava um inferno. Então decidiu ficar, ela se divertiu com os próprio pensamentos, e ficou imaginando coisas que ela não poderia falar de boca aberta. Ani era assim, tentava parecer forte por fora, mas era uma verdadeira menina por dentro... uma menina pervertida, mas ainda assim uma menina.
   Depois de um tempo ela se deu conta de quanto tempo havia passado, já devia estar ali a uma 4 horas, e o céu tinha começado a escurecer, pondo-se atrás daquelas casas enormes, e deixando o céu tingido de vermelho. Ela esticou as pernas e quando estava pronta pra se levantar por vontade própria ouviu um barulho que veio de trás das árvores e saltou do banco.

- Quem está ai?- Ela perguntou.

   Talvez, fosse algum dos empregados que foi mandado para encontrá-la devido o tempo que ela passou fora, mas se fosse já a teriam respondido. Ela percebeu que todos - o mendigo, o casal e as crianças - Já tinha ido embora então, mas uma vez o barulho voltou a soar, e instintivamente ela foi jogada para trás, cando no chão. Ela se sentiu boba, e percebeu que poderia estar apenas imaginando, então se pôs de pé e limpou a poeira da sua roupa, quando ela levou um susto quando ouviu uma barulho ainda maior. Não, não tinha como ser sua imaginação. Ela podia correr e fugir, mas ela decidiu verificar. Então calmamente ela foi até as árvores que estavam espalhadas irregularmente, deixando umas muito coladas com as outras, ela verificou tudo que seus olhos podiam ver, mas não conseguiu ver nada de anormal, a não ser por uma coruja que a olhava, e a encarava.
   Ani parou e olhou para a coruja que parecia ver cada milímetro da alma de Ani, como se a coruja fosse uma inimiga... Não, Ani olhou mais perto, conseguia olhar diretamente nos olhos da coruja, e percebeu que ela não era uma inimiga, e sim uma amiga, que queria lhe avisar do perigo próximo, como se dissesse: "Olhe para trás". Mas Ani não percebeu isso, e com o ultimo piado da coruja, Ani sentiu uma pancada na cabeça antes que pudesse se virar, caiu no chão e viu uma silhueta se agachar perto dela, mas estava escuro demais para ver o rosto da pessoa, e a escuridão aos poucos tomou por completo os olhos de Ani, e ela ficou inconsciente.

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