Os olhos de todos baixaram depois de Daniel ler o bilhete, menos os olhos de Petrus, que ainda implorava por uma explicação.
- Petrus,- Começou Lana - acho que temos algo a lhe falar...
Lana olhou para o grupo que não protestou contra a atitude, e em alguns segundo eles estavam novamente dentro da Pousada. Lana sentou Petrus no sofá e puxou uma cadeira para frente dele, e depois de pensar por alguns segundos começou:
- Eu, acho que vai ser difícil de entender... há alguns anos atrás, nós fizemos uma coisa errada.
- Que tipo de coisa errada? - Perguntou Petrus.
- Olha cara...- Falou Nick - Só escuta, o que for preciso dizer, ela dirá.
- Então... - Continuou Lana- E mesmo nós não tendo culpa pelo que aconteceu, aprece que uma pessoa, não acreditou, e armou uma armadilha para nós, ele nos trouxe para essa cabana, e nos torturou fisicamente, e psicologicamente, e ... nós achamos que tínhamos acabado com ele, mas de algum jeito, ele sobreviveu, e voltou. Então ele usou nossa amiga como isca, e nos atraiu novamente para cá, e esse ciclo está prestes a voltar, mas agora, por algum motivo, nós não somos os únicos envolvidos...
Petrus estava paralisado de medo, e olhou para o resto do grupo.
- Eu, n-não... não, eu não vou participar desse jogo idiota...
- Não é você que escolhe isso- interrompeu Nick- nem nenhum de nós.
- Mas, porque você não tinha escutado os gritos da Ani?- perguntou Lana.
- Eu não sei, eu cheguei hoje de manhã, abri a pousada, segundo ordens do meu patrão, e fiquei catalogando uns documentos, não deu para ouvir o grito dela...
- Sim- falou Daniel- ela estava com a boca amordaçada, e mesmo se ela não estivesse, as paredes são grossas os suficiente, para conter o barulho... pelo menos, para que ele não fique tão alto.
- Mas agora- interrompeu a Ani- temos que resolver uma coisa... quem nos traiu?
Todos baixaram as cabeças, ninguém queria dar sinal que desconfiava de ninguém.
- Talvez, ele só tenha falado isso para nos desconcentrar. - Falou Daniel.
- Quem garante isso. - Respondeu Ani.
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